quinta-feira, 25 de março de 2010

O que é Bullying e CyberBullying e como pode afetar os jovens



Bullying




Bullying é um termo introduzido por Dan Olweus quando pesquisava sobre tendências suicidas em jovens adolescentes. As suas investigações levaram-no a concluir que a maioria dos jovens que cometiam estes atos, tinham sofrido algum tipo de ameaça.



É um Sub tipo de violência escolar; traduz-se num conjunto de comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos, levados a cabo por um ou mais alunos contra outro. Manifesta-se através de insultos, piadas, gozações, apelidos cruéis, ridicularizações, entre outros.

É uma forma de pressão social que acarreta muitos traumas na vida dos alunos que diariamente convivem com esta realidade, fazendo com que, muitas das vezes, condicionem o seu quotidiano às solicitações dos agressores.

Na maioria dos casos há um comprometimento por parte das vítimas como forma de evitar novas retaliações, conduzindo assim, a situações anómalas, já que a obrigatoriedade do silêncio faz com que a maioria dos comportamentos sejam evidenciados pelos efeitos dos danos desta pressão no rendimento escolar, por sintomatologia psicossomática, por fobia escolar, depressão.

Na dinâmica Bullying alguém sofre de maneira direta as consequências da agressividade dos outros - a vítima. Este tipo de violência difere de outros devido à sua forma; é um comportamento agressivo intencional, repetitivo e evoca um desequilíbrio de poder (entre vítima e agressor) que se vai agravando com o passar do tempo e mediante a repetição dos actos.




É mediante estes acontecimentos que quem é continuamente agredido faz uma leitura pessimista da sua capacidade para lidar com a situação, levando a que se favoreça a sensação de perca de controlo sobre a sua própria trajectória de vida e liberdade.

Sinais de alarme






Como sei que o meu filho está a ser vítima de maus-tratos psicológicos?


Sempre que notar alterações no humor do seu filho, abatimento físico e psicológico, sem paciência para nada, mais afastado da família do que de costume, mais introspectivo, com piores resultados na escola, com queixas físicas permanentes (dor de cabeça, de estômago, fadiga), irritabilidade extrema, inércia. Se bem que muitos destes sintomas possam ser confundidos com a adolescência, é necessária uma atenção redobrada...










Sinais de alerta da violência infantil

  • Ira intensa
  • Ataques de fúria
  • Irritabilidade extrema
  • Frustrar-se com frequência
  • Impulsividade
  • Auto-agressão
  • Poucos amigos
  • Dificuldade para prestar atenção
  • Inquietude física
Perguntas & respostas







E quando acho que já não é possível sair daqui?


Por vezes é-nos difícil perceber a forma como poderemos fazer frente aos outros e sentirmo-nos bem, mas essa é uma capacidade que todos nós temos e que, por algum motivo; em algum momento, foi-nos retirada. É então necessário trabalhar na sua reposição...
É importante que procures ajuda especializada, que fales com os pais familiares mais próximo e que em conjunto trabalhem formas de minimizar os efeitos sentidos.






Serei vítima, agressor ou simplesmente espectador?

Por vezes poderemos ser de tudo um pouco. Há alturas em que deixamos que os outros incomodem os que estão à nossa volta sem sequer intervirmos, mas há alturas outras em que somos nós mesmo alvo de tais insultos, gozações, humilhações... o efeito produzido/causado desencadeia em nós uma imensa raiva, que em alguns casos provoca a saída de uma situação de vítima para uma de agressor. Mas ambas as posturas evidenciam dificuldades na gestão dos próprios conflitos internos, que merecem uma atenção especializada...






Não sei o que fazer, pois não me largam na escola!

Quando sentes que estás encurralado, quando achas que nada dá certo, que mesmo com as tuas tentativas de auto-defesa te sintas impotente, não desistas. Estás no bom caminho, apenas precisarás de algum tipo de ajuda para te fazer ver que ainda possuis capacidade para te defender e que conseguirás argumentar contra os demais. Por vezes, como nos sentimos sozinhos é mais difícil conseguirmos dar a volta à situação, mas será que estás realmente sozinho? Procura à tua volta em quem poderás confiar e de alguma forma sentir-te-ás melhor, pensa também na hipótese de partilhar alguma das coisas com os teus familiares. Fazer parte de um grupo onde somos constantemente humilhados não é fazer parte de um grupo. Com certeza  existem outro tipo de amigos, ou então terás de fazer valer a sua posição, só assim ganharás respeito e auto-confiança...







Tenho tanta raiva que às vezes só me dá vontade de gritar!

Por vezes estas coisas da nossa vida são tão complicada e à nossa volta ninguém nos entende que acabamos por não confiar em ninguém e não nos mostrar na realidade para ninguém. Mas também não podemos mostrar a nossa fraqueza, assim assumimos uma relação pelo poder, em que mandamos nos outros, humilhamo-los e fazemo-los sentir que estão sob a nossa alçada, só assim conseguiremos assumir algum papel de destaque e sentirmo-nos bem. Mas essa sensação é complexa e envolve tantas outras coisas que às vezes nem queremos pensar porque se faz, pois é doloroso demais para nós...

Estratégias Educativas

Estratégias educativas para evitar o aparecimento, ou ajudar a controlar condutas agressivas:






Estabelecer limites claros


Definir quem é a autoridade - 
Autoridade vem do latim Auctorias que significa aumentar, fazer crescer, acrescentar. Se a autoridade for exercida com este significado estaremos a contribuir para garantir a segurança das crianças/alunos e a trabalhar no favorecimento da sua auto-estima.







É necessário reflectir para que serve a autoridade

  • Corrigir
  • Reforçar
  • Sancionar (mas de forma adequada - para que um castigo seja eficaz, deve ser pontual, e não frequente e proporcional à conduta, devendo cumprir-se necessariamente). Ambos os pais devem concordar






Manter um adequado nível de coerência entre os pais


  • É importante que haja uma concordância entre a disciplina da casa e da escola
  • É importante responsabilizar as crianças para os seus atos
  • Ensinar estratégias alternativas de resolução de conflitos
  • Trabalhar no sentido da aceitação da frustração

 O que sente alguém que é vítima de bulliyng?


Cyber Bullying
O cyberbullying é um tipo de bullying melhorado. É a prática realizada através da internet que busca humilhar e ridicularizar os alunos, pessoas desconhecidas e também professores perante a sociedadevirtual. Apesar de ser praticado de forma virtual, o cyberbullying tem preocupado pais e professores, pois através da internet os insultos se multiplicam rapidamente e ainda contribuem para contaminar outras pessoas que conheçem a vítima. 

Os meios virtuais utilizados para disseminar difamações e calúnias são as comunidades, e-mails, torpedos, blogs e fotologs. Além de discriminar as pessoas, os autores são incapazes de se identificar, pois não são responsáveis o bastante para assumirem aquilo que fazem. É importante dizer que mesmo anônimos, os responsáveis pela calúnia sempre são descobertos. 

Infelizmente os meios tecnológicos que, a priori, seriam para melhorar e facilitar a vida das pessoas em todas as áreas estão sendo utilizados para menosprezar e insultar outras pessoas. Não existe um tipo de pessoa específica para ser motivo de insultos, sendo que a invasão do e-mail ou a exposição de uma foto já é o bastante. Em relação a colegas de escola e professores, as difamações são intencionadas e visam mexer com o psicológico da pessoa, deixando-a abatida e desmoralizada perante os demais. 

As pessoas que praticam o cyberbullying são normalmente adolescentes sem limites, insensíveis, insensatos, inconseqüentes e empáticos. Apesar de gostarem da sensação que é causada ao destruir outra pessoa, os praticantes podem ser processados por calúnia e difamação, sendo obrigados a disponibilizar uma considerável indenização.

Por Gabriela Cabral
Fonte: Brasil Escola












2 comentários:

João Paulo disse...

Importantes considerações, ao ler a postagem percebi que o Bullyng é algo corriqueiro n o dia a dia da escola. Eu, enquanto professor, percebo isso a todo momento, e temos que está preparado para li dá com essa situação que é angustiante.

Emanuelle disse...

Sou uma garota apenas de 13 anos e posso reconhecer que já sofri Bullying e com a ajuda de meus familiares superei tudo isso.
no começo achava que contar para adultos era bobagem e comecei a esconder das pessoas.Até que um dia percebi que ficar calada seria bobagem e iria provocar mais preocupações em minha vida que só está no começo... Hoje ajudo as pessoas que sofrem Bulliying e Ciberbullying. E em cada caso encontrado em minhas amigas vejo que sofrer é a pior coisa e que entre seres humanos não podemos menosprezarmos uns aos outros.

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